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Proliferação de Águas-vivas no Litoral Gaúcho
Por curiosidade resolvi pesquisar um pouco sobre a tal criatura que paira uma áurea de mistério, pois nos filmes de minha juventude, muitas vezes, eram criaturas malignas que se refugiavam em águas profundas só a espera da próxima vítima, e achei o seguinte artigo, espero que gostem!
Introdução
Imagem cedida por Kevin Connors /MorgueFile |
Neste artigo, vamos aprender tudo sobre esses misteriosos animais e descobrir o que fazer se você cruzar com um urticante tentáculo de água-viva.
A água-viva vive principalmente no oceano, mas, na verdade, ela não é um peixe, e sim um plâncton. Estas plantas e animais flutuam na água ou têm capacidades de nado tão limitadas que as correntes controlam seus movimentos horizontais. Alguns plânctons são organismos unicelulares microscópicos, enquanto outros são enormes. A água-viva pode medir de menos de 2,5 cm a cerca de 2m, com tentáculos chegando até a 30,5 m de comprimento.
A água-viva também faz parte do filo Cnidários, (da palavra grega "urtiga que queima") e da classe Cifosoários (da palavra grega "xícara", referindo-se ao formato do corpo da água-viva). Todas as espécies cnidarianas têm uma boca no centro do corpo, e envolvida por tentáculos. Os parentes cnidarianos da água-viva incluem corais, anêmonas do mar e a caravela-portuguesa.
A água-viva é composta por cerca de 98% de água. Se ela encalhar na praia, praticamente irá desaparecer à medida que a água evaporar. A maioria é transparente e tem o formato de um sino. Seu corpo tem uma simetria radial, o que significa que os membros se estendem de um ponto central como os raios de uma roda. Se você cortar uma água-viva pela metade em qualquer ponto, sempre terá partes iguais. Ela tem um corpo muito simples: não possui ossos, cérebro nem coração. Para ver a luz, detectar odores e se orientar, a água-viva tem nervos sensoriais rudimentares na base de seus tentáculos.
O corpo da água-viva geralmente é composto de seis partes básicas:
- a epiderme, que protege os órgãos internos;
- a gastroderme, que é a camada interna;
- a mesogléia, ou parte gelatinosa intermediária, entre a epiderme e a gastroderme;
- a cavidade gastrovascular, que funciona como um conjunto do esôfago, estômago e intestino;
- um orifício que funciona como boca e ânus;
- tentáculos que formam a extremidade do corpo.
Uma água-viva adulta é uma medusa, que recebeu este nome por causa de Medusa, a criatura mitológica com cobras no lugar do cabelo, que poderia transformar os seres humanos em pedra com um simples olhar. Depois que o macho libera seu esperma na água por seu orifício, o esperma nada até o orifício da fêmea e fertiliza os ovos.
Várias dezenas de larvas de água-viva podem ser concebidas de uma só vez. Finalmente, elas flutuam nas correntes e procuram uma superfície sólida para se fixarem, como um rochedo. Ao se fixarem, elas se tornam pólipos, cilindros ocos com uma boca e tentáculos na parte superior. Posteriormente, os pólipos se desenvolvem em uma água-viva jovem, chamada éfira. Depois de algumas semanas, a água-viva se desprende e se desenvolve, tornando-se uma medusa adulta. Uma medusa vive cerca de três a seis meses.
A fisgada
A água-viva é carnívora, ou seja, ela come outros animais. As águas-vivas menores comem algas e outros plânctons minúsculos, chamados zooplânctons. As águas-vivas maiores comem crustáceos e outros animais aquáticos grandes. Ela não procura pessoas para atacar porque seu sistema nervoso é simples demais para isso. Sua fisgada é um mecanismo de defesa e uma forma de capturar a presa.Cada tentáculo da água-viva é coberto por milhares de células chamadas cnidoblastos, que abrigam nematócitos que possuem os filamentos urticantes. Quando uma água-viva encontra outro objeto, a pressão interna do nematócito faz com que os filamentos se desenrolem. As células urticantes atingem a vítima displicente como pequenos dardos, disparando veneno. O veneno é uma neurotoxina desenvolvida para paralisar a presa da água-viva. Embora uma água-viva possa matar um animal aquático pequeno, sua fisgada normalmente não é fatal aos humanos. Ela costuma provocar dor, irritações na pele, febre e cãibras nos músculos. O grau de dor e a reação a uma fisgada de água-viva pode depender das espécies. As águas-vivas maiores têm cnidoblastos grandes que podem penetrar mais fundo na pele e algumas delas possuem um veneno mais forte do que outras.
Imagem cedida Captain Albert E. Theberge/NOAA Uma água-viva encalhada em uma praia em Cedar Island, Carolina do Norte |
Quando você estiver na praia, tome cuidado com as águas-vivas na água e na areia. Até mesmo um tentáculo que tenha se separado da água-viva pode fisgar. Se você for fisgado, primeiro remova os tentáculos presos a pele. Não lave a área com água doce, porque mais veneno pode ser liberado no corpo. Em vez disso, limpe-a esfregando com álcool, amônia, vinagre ou urina (sim, foi isso que você leu). Você também pode aplicar um amaciador de carne ou uma mistura de bicarbonato de sódio e água. Qualquer sintoma de reação alérgica (dificuldade respiratória, urticária, chiado no peito) requer atenção médica imediata.
Domínio público Salada de água-viva, uma entrada comum na China e em outras cozinhas asiáticas |
A água-viva tem uma proteção excelente contra os predadores: seus tentáculos urticantes são uma forte barreira e seu corpo transparente ajuda-a a se esconder. Alguns animais, como as tartarugas-cabeçudas, o peixe-lua e o peixe-enxada, comem água-viva. Alguns peixes jovens vivem sobre ou até mesmo dentro da água-viva. Eles se escondem nos tentáculos para evitar serem comidos por predadores até ficarem adultos. E algumas pessoas, principalmente na China e no Japão, também comem água-viva, considerada uma iguaria.
Com exceção das fisgadas ocasionais, a água-viva normalmente não é perigosa. Mas nos últimos anos, determinadas partes do mundo, como Japão, Austrália e alguns locais da Europa, observaram um aumento problemático nas populações de água-viva. Os cientistas acreditam que o aumento no número de águas-vivas pode estar relacionado com nutrientes extras na água, alterações no clima ou a pesca ao longo da costa. Os aumentos exagerados na população são chamados de florescências. Alguns pesquisadores estão preocupados porque o número maior de águas-vivas poderia disputar os recursos de alimentos com os peixes e outros animais marinhos, acarretando até a extinção das espécies nativas. Em grandes quantidades, as águas-vivas provocam estragos nas indústrias pesqueiras locais ao fazerem furos nas redes de pesca e dizimar populações de peixe.
Imagem cedida Kevin Connors /MorgueFile Uma colônia, ou um grupo pequeno, de águas-vivas |
A água-viva sobrevive melhor no seu ambiente natural, mas muitos aquários têm tanques com este animal. As pessoas que capturam e criam a água-viva em cativeiro devem tomar muito cuidado para não danificar seu corpo frágil. É fácil recolher a água-viva no estágio de pólipo, quando ela está menos vulnerável. O ideal é que ela fique em um tanque sem cantos pontiagudos ou obstáculos nos quais poderia se cortar. Além disso, a água precisa ter um certo fluxo porque a água-viva se desloca basicamente através das correntes.
Aqui estão alguns dos muitos tipos diferentes de água-viva:
Água-viva cubozoária
Esta água-viva se parece com um quadrado com seus quatro lados, daí o nome "cubo". Sua subcategoria de 16 espécies de água-viva inclui o cubozoa. A água-viva cubozoária tende a flutuar na direção das desembocaduras dos rios e riachos e sua fisgada é muito dolorosa. As pessoas que foram fisgadas distraidamente podem sentir cãibras intensas nos músculos e dificuldade de respirar.
Imagem cedida E.Widder/NOAA Ocean Explorer Atolla wyvillei, uma água-viva que vive no fundo do mar |
Água-viva do fundo do mar
O nome deste tipo de água-viva diz tudo. A água-viva do fundo do mar vive em águas profundas, cerca de 7 mil metros abaixo da superfície do oceano. Em geral, ela é escura: marrom, roxa ou preta.
Água-viva Irukandji
Irukandji é um tipo de água-viva cubozoária encontrada na Austrália. Embora ela seja pequena (aproximadamente do tamanho da unha de um dedão humano), seu veneno é extremamente tóxico. Este tipo de água-viva tem cnidoblastos no seu corpo, assim como nos tentáculos. A fisgada da Irukandji é muito dolorosa e provoca tantos sintomas graves que os cientistas deram um nome a eles: síndrome de Irjukadji. Os sintomas incluem pressão alta, vômito, dores de cabeça, cãibras extremas e dor, além de uma sensação de queimação. A síndrome de Irukadji pode durar até duas semanas e não há antídoto. Os médicos descobriram que infusões de magnésio pode aliviar um pouco, mas a síndrome pode ser fatal.
Imagem cedida Florida Keys National Marine Sanctuary Uma medusa luna |
Medusa luna
Este é o tipo de água-viva mais visto nas costas da América do Norte e da Europa. Essa água-viva rosa ou azul normalmente vive nas águas a cerca de 6 m de profundidade. Sua fisgada é suave, deixando uma erupção vermelha que coça.
Para mais informações sobre a água-viva e assuntos relacionados, confira os links na próxima página.
Imagem cedida NOAA |
Uma caravela-portuguesa não é uma água-viva, embora se pareça com uma. Na verdade, ela é um sifonóforo, ou seja, colônias flutuantes que incluem quatro animais individuais, cada um com sua função (por exemplo, fisgada, alimentação, movimento e reprodução).
A caravela-portuguesa, que recebeu esse nome no século XVIII por causa de um navio com o qual se parecia, é membro do mesmo filo da água-viva, Cnidários. Sua fisgada pode ser muito dolorosa e pode apresentar sintomas como calafrios, febre, náusea, vômito e choque. Em alguns casos, as fisgadas são fatais.
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Comentários
Obrigado por comentar este artigo, diga-se de passagem o mais antigo de meu blog. Como foi mencionado originalmente, foi feito referente a uma pesquisa feita na internet e, assumindo a culpa, deveria ter realmente pesquisado outras fontes. Assim, aproveitando a colaboração da amiga, se possível, informe as possíveis correções visando ajudar a pesquisa de outros com informações suficientes para não incorrerem em erro.
Desde já agradeço e um feliz natal e próspero ano ano novo de 2010.