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Destaques

Sempre dê preferência a sites com Certificados de Segurança.

  O CERT.BR informou a corrência de 39.419 tentativas de fraudes o ano de 2019, representando 87% das notificações referentes a esta categoria. Sempre dê preferência a sites que apresentem Certificados de Segurança válidos e expedidos por unidades certificadoras. Na barra de navegação, os sites deste tipo iniciam os endereços por “https://”, aparecendo no lado esquerdo a imagem de um cadeado. Ao clicar no cadeado é possível visualizar os dados da unidade certificadora que garante a autenticidade do site visitado. Cuidado com os certificados “auto assinados”, pois não existe uma unidade certificadora por trás. Portanto, nenhum órgão garante sua confiabilidade. Também é possível um site iniciar por “https://”, pertencendo legitimamente a algum órgão ou instituição com o certificado expirado. Neste caso, procure se informar da legitimidade do serviço que você deseja. Tanto os “auto assinados” quanto os expirados são exibidos na respectiva barra de navegação com uma informação

Artigo:SOFTWARE LIVRE OU SOFTWARE GRÁTIS



SOFTWARE LIVRE OU SOFTWARE GRÁTIS
Diferenças de um mesmo modelo ou uma utopia a ser almejada
Por Luís Fernando da Silva Bittencourt

Após um tempo afastado, recuperando as forças no litoral, resolvi reiniciar minhas postagens tratando desse tema que causa tanta polêmica no meio, espero que aproveitem e não deixem de comentar.

O conceito de software livre foi desenvolvido pela Free Software Fundation, sendo qualquer programa de computador que pode ser copiado, usado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição. Os programas de computador que seguem este conceito, normalmente são acompanhados por uma licença de software livre e distribuídos juntamente com o código fonte da aplicação.
O GNU também segue o conceito de software livre, sendo iniciado por Richard Stallman em 1984, objetivando o desenvolvimento de um sistema operacional totalmente livre, onde qualquer pessoa pudesse usufruir de seus benefícios conforme conceituado no parágrafo anterior, desde que garantisse as demais pessoas os mesmos direitos.
Uma das diretrizes deste projeto era de que deveria ser um sistema operacional compatível com o sistema operacional Unix, muito popular na época, mas não devendo utilizar seu código fonte, motivo pelo qual Stallman escolheu o mamífero Gnu para representar o seu projeto, haja vista ser um acrônimo recursivo de: GNU is Not Unix, ou GNU não é Unix.
Em 1991, quando o sistema operacional desenvolvido pelo projeto já estava quase pronto, faltando “apenas” a criação da Kernel do mesmo, o finlandês Linus Torvalds desenvolveu uma kernel compatível com o projeto GNU, podendo, inclusive, utilizar todas as partes já desenvolvidas, ficando esta conhecida por Linux em virtude de ser a contração do nome de seu autor Linus com o nome do sistema operacional Unix. Assim passando a se chamar o projeto GNU/Linux, mesmo havendo divergências por parte de Linus Torvalds.
A kernel de um sistema operacional representa a camada de software mais diretamente ligada ao hardware, pois é responsável pelo gerenciamento do sistema operacional como um todo. A kernel é o cerne ou miolo de qualquer sistema operacional existente.
Outro termo muito empregado é o Open Source, ou código aberto, criado pela empresa OSI (Open Source Initiative), também se referindo a software livre, respeitando todas as liberdades definidas pela Free Software Fundation, ou seja, qualquer licença de software livre também é de open source. A diferença entre o discurso das duas empresas reside no fato de que a Free Software Fundation (FSF) usa tal conceito para apontar comportamentos puramente éticos, ao passo que a OSI segue uma linha mais técnica.
O termo Open Source foi criado por Eric Raymond, um dos Diretores do Open Source Initiative, visando apresentar o conceito de software livre a empresas, de uma forma que melhor se adaptasse a iniciativa privada, ou seja, melhor portabilidade, redução de custos, melhor possibilidade de desenvolvimento etc.
Voltando ao conceito inicial de software livre, em nenhum momento é dito que o mesmo não pode ser cobrado ou comercializado. O seu modelo de distribuição segue o raciocínio de que o conhecimento, como base de informação, deve ser livre e sem barreiras que possam frear o desenvolvimento humano, onde toda pessoa pode contribuir para a melhoria do mundo onde vivemos, pois, atualmente, o conhecimento é nosso maior patrimônio.
Se tal possibilidade não fosse possível, empresas não poderiam participar deste desenvolvimento, pois o enorme esforço a ser empregado não justificaria o alto custo desta participação. O que ocorre, como o código fonte é livre, os programas desenvolvidos dentro deste conceito, podem ser baixados livremente na internet, havendo cobrança apenas pela venda do CD, se for o caso, contendo o produto e/ou pelo serviço de suporte oferecido.
Tal equívoco ocorreu, provavelmente, pelo fato da tradução para o português de free software, pois, normalmente free é entendido no Brasil por grátis, mas no caso deve ser entendido como livre, ao alcance de todos. Um exemplo de distribuição que é livre, mas não gratuita é a openSUSE, desenvolvida a partir da kernel Linux pela empresa norte americana Novell, conhecida pelo seu sistema operacional de rede (Netware), após adquirir a SUSE Linux em janeiro de 2004.
Bem, espero que os defensores do software grátis não fiquem bravos com minha abordagem sobre o tema. Entendo e também sou defensor de que todo conhecimento deve ser livre e ao alcance de todos, mas existem limitações que somente com investimentos é que é possível alcançar tais patamares. Exemplo disto é o fato da Wikipédia, enciclopédia livre criada pela Wikimedia Foundation, organização sem fins lucrativos sediada na Flórida- EUA, através de seu co-fundador Jimmy Wales, conseguir desenvolver seus projetos através de doações arrecadadas ao redor do mundo, pois sem aporte financeiro nenhum projeto, por melhor que seja, sobrevive.
Até a próxima!

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